sábado, 22 de março de 2008

TEMPESTADE


Nascemos da escuridão e crescemos sob a imensidão do céu,
Tentamos viver sempre protegidos, acolhidos pela fé, perto de amores vãos,
Nos desenvolvemos com um olho dentro da caverna e o outro para o infinito
Mas a força da Mãe Natureza, nos tira desse ócio...
Nos obriga a ver a fúria da tempestade que castiga a terra,
Raios e trovões açoitam as rochas, bramidos de vento ecoam pela floresta;
Afugentando os lobos, que espalham-se como grãos ao vento.
Quem terá coragem de sair do seu ninho? Quem poderá olhar de frente este espetáculo?
Quem ousa desafiar o Poder que não se vê? Será certo nos encolhermos ainda mais?
O medo faz-se presente e garante lugar cativo em corações ingênuos!
Mas não podemos nos abater, pois nem esta fúria dura mais do que o necessário
Há de chegar o momento da calmaria, da tranquilidade e de sair da caverna.
E aí, a Mãe Natureza deixa a prova de sua existência,
Como beijo em forma de arco-íris!

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