sábado, 22 de março de 2008


Sou
Um livro,
Singelo
Por essas épocas, já cheio de páginas escritas, muitos capítulos vividos...
Páginas que registram tantas estações.
Estações como o Outono, que ensina a livrar-nos do excesso de bagagem. É momento de limpar as gavetas, os armários, o coração e a mente. Deixar espaço para o que está por vir. Observar as folhas que caem e dançam ao som do vento numa coreografia quase mágica. Só nesta época é que percebo quantas coisas acumulei, quantos sentimentos estagnados fizeram morada em meu peito.
Começa a escurecer... e logo se aproxima o Inverno...
Gélido, elegante, misterioso. Os dias são mais escuros e a luz torna-se difusa e provoca minha imaginação. Imagino o que não vejo, imagino o que quero, imagino o que não tenho, imagino meu desejo se transformando em realidade e imagino... numa ciranda frenética de pensamentos.
Mansamente, saio do meu mundo e percebo que tal qual Fênix, o renascimento se faz presente... as cores explodem num colorido quase infantil, os aromas se espalham pela cidade e novas formas tomam conta do Universo.
É a Primavera que chega, impregnada de esperança e de novos sonhos..., a vida desabrocha independente da nossa vontade. Dizer “Eu te amo” vira um mantra de reconciliação com a vida.
Apolo ouve minhas palavras e o Sol surge forte, vigoroso, energético. É o Verão que aquece o corpo e revigora o espírito. Traz a alegria do dia, a vontade de estar com quem se ama e abraçar a todos!
É... olhando para trás, vejo vários capítulos deste livro. Alguns escritos com prazer e alegria, outros com tristeza e desalento...
Mas sempre há uma próxima página em branco, esperando por mais uma vivência, por mais estória... cabe a mim saber o que devo ou não escrever!

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