Sou por natureza uma criatura desconfiada. Fui treinada ao longo dos anos, para crer naquilo que vejo e comprovo. Passo os sentimentos por inúmeros filtros e testes e, até mesmo por isso, muitos deles se esvaneceram pelo caminho. Preciso da certeza; vivo em função de encontrá-la em todas as situações. Tenho não um, mas os dois pés atrás com quase tudo o que me cerca.
Mas o certo é por demais relativo, muito abstrato... sempre afirmo que não existe o livro do correto. Ele pertence a cada um de nós e sim, amores, o danado vem em branco. Temos que escrever página a página para termos uma história, uma vivência - a tal da experiência.
E de que nos vale tanta atenção, tanto cuidado, tanto tato?
Caímos sempre nas mesmas armadilhas, tropeçamos nas mesmas pedras e, para meu maior desespero, cometemos os mesmos erros....
E nos culpamos eternamente pelo descuido...como se todo o passo pudesse ser milimetricamente calculado a fim de não dar margem a enganos. E como eles acontecem...quantos enganos estão presentes em nosso cotidiano.
E tudo isso para que? Para nos protegermos do dor, para evitarmos o sofrimento.
Pura ilusão...
Então, faremos o seguinte: vamos tratar de fortalecer o bom humor, a alegria e a felicidade...pois são eles que nos ajudaram a curar um joelho ralado.
E ainda, verificar o quanto disso é desconfiança e o quanto não passa de insegurança.
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