
Ainda ontem, conversando com duas amigas, cheguei a conclusão que nasci e vivo atrasada! Demorei algum tempo para nascer, demorei para me adaptar ao novo mundo e desde então, sinto que estou sempre em cima da hora para tudo.
Me sinto atrasada quando acordo quando vou para o trabalho e também quando saio dele. Me sinto atrasada com relação aos meus sonhos e projetos mesmo antes que eles estejam maduros na minha cabeça. Sinto-me atrasada para tomar banho e fazer as compras de casa. Creio estar perdendo a hora da reunião de negócios e do almoço entre amigos.
Talvez por isso, este tema, tempo, esteja sempre povoando minha mente e meus escritos.
Acho que sofro da neurose do tempo. Como sempre me acho atrasada, exagero - e muito - no horários. Saio de casa com muita antecedência e me aborrece demais ter que esperar. Seja lá o que ou quem for!
Tenho pressa, muita pressa de chegar a lugar algum.
É como se eu corresse tanto sem ter para onde ir.
Me deixo levar pela agitação da correria e por vezes, esqueço do destino.
Pois bem, decidi não ser escrava do tempo. Decidi curtir segundos e não correr contra eles.
Afinal, quanto eu já deixei passar, por me entregar à ansiedade do atraso? Talvez muita coisa - ou quase nada.
Mas o que realmente importa agora, é saber onde chegar. Nortear novamente os destinos e regular meu GPS interno.
Por isso mesmo, preciso ficar só em alguns momentos. Não para sofrer ou me lamentar - não sou adepta da letargia improdutiva. Mas para dar-me o direito ao prazer.
Este provavelmente, tenha sido o motivo pelo qual parei de escrever um pouco. Tornei-me fã das inúmeras "fazendas" on line. Já tenho 04 e fica até difícil explicar como o tempo passa sem stress quando se planta e se colhe!
Então, chute o pessimismo pra lá e junte-se á legião dos que usam parte do seu tempo livre para - apenas e tão somente apenas - curtir o instante.
Até breve